O João é desde que nasceu o "piscoso" dos pais! Agora que a mãe está desempregada, tem muito tempo para brincar com ele e fazer muitas atividades... E agora temos mais um "piscoso" conhecido entre nós por "tartaruguinha" Miguel!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dessa coisa dos incentivos à natalidade...

aqui tinha falado em coisas destas e, embora num tom informal, parece que não estava assim tão longe do que foi agora proposto como incentivos para a natalidade!
Medidas fiscais, na área do trabalho, educação, saúde e ainda alguma ajuda local (financeira e em géneros, nomeadamente na "reciclagem" de produtos infantis que claramente podem ser reutilizados)!

Pelo que vi na televisão muita gente considera as medidas que beneficiam as famílias a longo prazo muito vantajosas e eu sou obrigada a concordar, reduções em impostos e afins são ajudas importantes e que fazem a diferença, já que muitas são extras anuais que estragam os orçamentos mensais que (pelo menos cá em casa) já são bem apertados... Mas atenção que as ajudas a curto prazo, por altura dos nascimentos, também são importantes, porque as crianças nos primeiros anos de vida têm despesas grandes e incontornáveis)!

As ajudas no campo da legislação laboral e os incentivos à contratação de mães e pais de família, também me parecem interessantes... Mas parecem-me acima de tudo praticamente impossíveis de pôr em prática e "infiscalizáveis"! Além disso, não adianta muito dar trabalho às mães e/ou aos pais se não houver berçários, creches e jardins de infância públicos (gratuitos) ou extremamente baratos (se o salário de um dos pais for para pagar a escola dos dois ou três filhos que ainda não andam na escola pública, não sei se valerá a pena trabalhar!)... Também já falei aqui que, pelo menos cá por casa, é fundamental que pelo menos um dos adultos trabalhe, não seria, por exemplo, importante estabelecer essa prioridade nas ofertas de emprego e contratações? Quando num casal, ambos os adultos estão desempregados, entrarem em lista prioritária de procura de soluções (saliente-se que nunca foi o Centro de Emprego que ajudou a encontrar trabalhos cá por casa...)...

Educação, pois claro, se não há uma escola de qualidade e ajudas com materiais, alimentação e transportes, dificilmente uma família numerosa (que não seja de classe alta) pode ajudar os seus filhos a dar uma educação de qualidade!

Saúde, médicos de família e acesso a cuidados de saúde é algo que todas as famílias devem ter (cá em casa, provavelmente por sorte, continuamos a ser privilegiados neste campo)!

Apoio local, que se veja! Desconheço qualquer tipo de apoio aqui na zona a famílias! Pode ser porque ainda não precisei verdadeiramente de o procurar...
Mas tenho conhecimento de lojas de segunda mão e "coisas" infantis, são boas e baratas, havendo uma troca monetária mínima (muito barata mesmo) que permite a garantia de produtos limpos e em bom estado! Uma coisa é trocar "coisas" boas e quase novas que dão perfeitamente para ser reutilizadas (fazemos isso entre família e tem sido uma grande ajuda!), outra bem diferente é ver as pessoas a dar coisas sujas, rotas e partidas, se não são boas para elas, logo, também não são para os outros!

As ideias são boas, sim senhora, podiam vir mais umas quantas, mas estas são melhores do que nada (curiosamente lembro-me, por exemplo, que muitas das que se relacionam com a educação eram praticadas no meu tempo de escola, porque terão deixado de o ser?)! Mas vão mesmo ser postas em prática? Ou como não há dinheiro para nada, vamos continuar a adiar e a fingir que este problema da natalidade não é nada connosco?

Sem comentários:

Enviar um comentário